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Atuação na área da Psicologia Clínica,realizando atendimento particular(crianças, adolescentes e adultos). Atuação na área da Psicologia Hospitalar. Terapeuta de Florais de Bach -Pratictioner formado pelo Instituto Bach. Pós-graduado em Psicologia Hospitalar pelo Hospital Albert Einstein. Realização de palestra e workshop ligados à Qualidade de Vida. LOCAIS DE ATENDIMENTO: JUNDIAÍ -Avenida Amadeu Ribeiro, 253 -Anhangabaú -Clínica Revitare Unidade II. VINHEDO - Clínica Spa Sant - Rua 24 de Outubro, 330 - Centro

4 de mai. de 2010

Avaliação Psicológica e Cirurgia de Obesidade

Qual é a importância do exame psicológico antes da cirurgia? Todo obeso que irá submeter-se a cirurgia de obesidade deve, antes, passar por uma avaliação psicológica que é composta de alguns testes, a preparação para mudanças no pós-cirúrgico e o autoconhecimento proporcionado pela psicoterapia. Essa avaliação não tem o objetivo de proibir a realização da cirurgia, sendo então mais um dos vários exames que o cirurgião pedirá ao paciente antes de operar. A cirurgia pode ser contra indicada pelo psicólogo quando for detectada alguma psicopatologia grave, como por exemplo, um transtorno alimentar como a bulimia ou quando o paciente não tiver condições intelectuais de entender o processo pelo qual será submetido, já que o entendimento e colaboração do paciente serão fundamentais para se obter bons resultados no pós-cirúrgico. É sabido que a cirurgia de obesidade afeta o paciente de diversas formas. Portanto ele precisa: Ser capaz de lidar com as restrições iniciais na dieta, Acostumar-se a novos hábitos alimentares que deverão ser incorporados de forma definitiva, Lidar com novas sensações e experiências corporais, Adequar-se à mudança de sua imagem corporal, Adquirir novos comportamentos de cuidado de si, Lidar com novas cognições e sentimentos, Adequar-se a um diferente estilo de vida, Lidar com mudanças inesperadas e significativas nos relacionamentos pessoais que costumam ocorrer com certa freqüência após emagrecimento importante. Como o paciente lidará com tudo isso? Tem ele recursos psicológicos para dar conta de tais mudanças? E no pós-cirúrgico, como a Psicologia é aplicada? Após a cirurgia, o psicólogo também exerce um papel fundamental no acompanhamento do paciente, já que este terá que adaptar-se a um novo estilo de vida que, em geral, é completamente diferente ao anterior, onde mudanças significativas acompanham. Além disso, o paciente terá que lidar com situações de privação de alimentos que antes eram ingeridos em grande quantidade. Muitos pacientes que antes eram compulsivos por comida ou bebida alcoólica, quando não conseguem lidar com esta privação, podem acabar transferindo esta compulsão para drogas, álcool, sexo e compras, por exemplo. Portanto, o psicólogo deverá auxiliar o paciente na adaptação ao seu novo estilo de vida, assim como ter o foco na mudança do comportamento alimentar, desenvolvendo comportamentos assertivos e maior adesão ao tratamento nutricional e médico. O acompanhamento é essencial, pois o paciente terá que se adaptar com o fato de não poder se alimentar da forma que gostaria devido ás limitações da cirurgia.O enfoque do tratamento será principalmente a sua nova forma de se relacionar consigo mesmo (imagem corporal e as repercussões na sua personalidade), com o seu contexto social e na forma como irá enfrentar a mudança alimentar. O que muda na cabeça do ex-obeso? Com a cirurgia, o paciente chega a perder cerca de 30% a 40% do peso. Por isso, devido ao inevitável emagrecimento que a cirurgia proporciona, o ex-obeso necessita aprender a lidar com uma nova realidade e principalmente buscar trabalhar dentro de si aceitar ao longo do tempo que agora ele é uma pessoa com restrições alimentares. Conseqüentemente, com essa nova realidade, pode acabar sendo mais cobrado pela sociedade para que seja uma pessoa produtiva, assim como a necessidade de se adaptar em casa a situações do cotidiano ( ex: os membros da família continuarão com os mesmos hábitos alimentares de antes da cirurgia). As mudanças não são poucas na vida de quem deixa de ser obeso mórbido, atingindo todos os âmbitos da vida do paciente, seja no social, pessoal, afetivo, sexual, familiar, trabalho, etc.. Quem opta pela cirurgia deve saber que está optando por enormes mudanças internas e externas, mas também está optando pela vida. A psicoterapia ajuda na reorganização desta nova vida, em um corpo inevitavelmente diferente, mas que psiquicamente pode permanecer o mesmo e se não cuidado pode prejudicar o pós-cirúrgico.

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